terça-feira, 25 de setembro de 2012

Brasileiros na Alemanha Parte 3: Campo de Sachsenhaussen


Ir a um campo de concentração não é precisamente um passeio. É um mergulho em uma parte triste de nossa história, uma forma de não esquecermos o horror feito pela expansão nazista e de refletirmos pra que isso nunca volta a se repetir.

Na entrada, a frase "Arbeit macht frei" (O trabalho liberta) já representa como muitas pessoas foram levadas para estes campos como uma falsa promessa de vida boa. O enorme terreno abarcava 60 subcampos de trabalho forçado, onde passaram 200 mil pessoas. Muitas morreram de frio e de desnutrição, ou foram vítimas de experimentos médicos desumanos. 

O campo de Sachsenhaussen foi o primeiro de muitos a ser construído, e também foi utilizado como campo de extermínio, com uma câmara de gás e um forno. Desta parte, somente restam ruínas, que já são suficientes para imaginarmos a insanidade que foi tudo aquilo. O barracão que mostra como eram as instalações de banheiros e camas ilustram como centenas de pessoas se amontoavam em um pequeno espaço.

O campo foi, depois do período nazista, ainda utilizado para prisioneiros soviéticos, dos quais muitos morreram ali também. O local guarda um silêncio doloroso, uma tristeza profunda e um ambiente pesado. O sofrimento que ali esteve está enraizado no local, e é impossível não se comover com as vidas perdidas ali. 

Esta visita serviu não só como uma aula de história, mas principalmente como uma reflexão e uma maneira de sentir ainda mais repugnância a qualquer tipo de preconceito, a qualquer tipo de intolerância, a qualquer atentado ao ser humano.






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